domingo, 6 de dezembro de 2009

Semana da Arteterapia (30 de nov. a 4 de dez) ....uma experiência fascinante!!!

Este blog foi criado a fim de demonstrar os meus trabalhos e experiências vivenciadas no módulo opcional de arteterapia do meu curso.
Chegando ao fim (infelizmente cedo demais...=( ) devo dizer que foi uma experiência bastante positiva. Aprendi muitas coisas, e acima de tudo o valor da arte, mesmo que não seja um Picasso mas tem o seu valor e o seu significado.
O módulo foi muito gratificante aprendi a arte dos origamis, a pintura, o desenho e adquiri a paciência, um pouco de sensibilidade artística e a importância disso no curso de medicina. No início eu pensava " nada haver uma coisa com a outra..."; hoje tenho um a visão diferente...

"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).

Alguns trabalhos meus:




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Artesanatos de Cabo Verde

Cabo Verde, sendo um país com uma grande miscigenação,isso também teve um grande contributo para o nosso artesanato que é bastante rica, com contributos europeus mas na sua grande maioria africana.
É de se destacar os trabalhos feitos com o nosso "Panu di tera" que em tempos foi utilizado como moeda de troca mas que hoje é usado na confecção de vestuários de gala.
O batik também é uma técnica antiga de tingimento de panos que formam imagem belissimas, normalmente retratando a vida quotidiana caboverdiana.
Trabalhos com barro são também muito comuns nas ilhas, normalmente retratando de forma caricata a realidade caboverdiana

Aqui vão algumas imagens:


Batik:



Tapeçaria:






Peças em barro:



"Panu di Tera"-pano da terra:



Um pouco sobre o meu país:CABO VERDE






História de Cabo Verde:

Cabo Verde foi descoberto pelos portugueses no ano de 1460. Há quem diga que povos Árabes já haviam estado nas ilhas a procura de sal que, na época, era considerada uma especiaria, mas não existem documentos que comprovem que foram os primeiros a chegarem às ilhas. A primeira ilha descoberta foi a ilha de Boa Vista, nome dado pelos portugueses em conseqüência do longo tempo que permaneceram no mar, sem nenhuma referência de terra. Em seguida, foram chegando às outras ilhas, cujos nomes são de santos correspondentes aos dias nos quais aportaram. Assim eles chamaram Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Santiago. A ilha do Sal assim foi denominada por causa das grandes salinas existentes. A ilha de Maio por que chegaram no Mês de Maio; Fogo, por ter um vulcão, que se supõe estar em atividade, no momento da chegada dos descobridores. A ilha Brava, assim foi denominada, por causa do aspecto, um tanto quanto hostil. Como o arquipélago era desabitado, os portugueses deram início ao povoamento. Foi povoado por arquipélagos nativos da costa ocidental da África, genoveses e portugueses. Por ocupar uma situação privilegiada, na encruzilhada entre os três continentes, Europa, América e África, Cabo Verde foi um entreposto importante para os portugueses no chamado tráfico negreiro. Os escravos eram capturados, e levados para o arquipélago de onde seguiam mais tarde para trabalhar nas produções de cana-de-açúcar, café e algodão no Brasil e nas Antilhas.
Em Cabo Verde, foi erigida a primeira cidade construída por europeus nas colônias, a cidade de Ribeira Grande. Ficou ativa por mais de três séculos, antes que a capital fosse transferida para cidade de Praia, capital de Cabo Verde dos nossos dias.

O país tornou-se soberano nos anos setenta, mais propriamente no ano de 1975, após mais de uma década de luta armada nas selvas da Guiné Bissau. O período pós - independência foi governado por um regime de partido único que esteve no poder até 1991, ano em que o país optou pelo regime mutipartidário. A população era em 1991 de 350 mil habitantes, sendo as ilhas de Santiago, Santo Antão e São Vicente as de maior número de habitantes. Hoje a população de Cabo Verde é de 400 mil habitantes, repartidos pelas 10 ilhas. Agrupam-se em dois conjuntos definidos pela sua posição em relação aos ventos predominantes, o de Barlavento (Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, S. Nicolau, Sal, Boa Vista e os ilhéus de Branco e Raso) e o de Sotavento (Maio, Santiago, Fogo, Brava e os ilhéus Secos ou do Rombo).

Cultura de Cabo Verde:

Pelo fato de ser povoado por diferentes povos, Cabo Verde possui uma miscelânea cultural muito grande, mistura essa que é visível não só na cor da pele, mas também nos trajes, na culinária, sotaques e no modo de viver em geral. A população é formada de 70% de mestiços, 28% de negros e apenas 2% de brancos. As ilhas, embora próximas uma das outras têm algumas diferenças culturais. Assim a população das ilhas situadas mais ao sul do arquipélago, permanecem mais fiéis as manifestações africanas, enquanto as mais a norte já não são tão enraizadas na cultura do continente. Na composição etária, 70% da população está abaixo dos 30 anos.
As manifestações culturais mais comuns têm como base a dança e a música. Dos ritmos musicais típicos, destacam-se o batuque, funaná, morna e a coladeira.
A culinária não podia ficar atrás nas origens. Muito diversificada, entre os pratos mais típicos destacam-se a "cachupa" e a "djagassida", ambos tendo como ingredientes básicos o milho e o feijão.
A religião predominante é o catolicismo, mas com alguns núcleos protestantes, espíritas e islâmicos.
A cultura crioula de Cabo Verde é registrada por suas contribuições distintas na literatura e na música. As composições musicais melancólicas conhecidas como mornas e poesia de Crioulo são características.

Origami, uma arte milenar


Origami é uma arte milenar de origem japonesa, que tem como base a criação de formas através da dobradura de papéis, sem o uso de cortes.

Não se tem registro exato de quando surgiu o Origami, mas acredita-se ter sido um costume religioso de épocas antigas, quando as divindades, representadas em papel, decoravam os templos.

A prática do Origami favorece a concentração, destreza manual e paciência, além da satisfação pessoal de poder criar formas apenas com um pedaço de papel.

Simbologia do TSURU (Grou)
A figura do Tsuru em Origami é uma das mais populares.
A sua forma básica serve de base para outras figuras de papel, desde animais até plantas.
Antigamente costumava-se pendurar estas aves de papel, no teto, para distrair as crianças, especialmente os bebês.
Eram oferecidas também nos templos e altares, juntamente com as orações, para pedir proteção.
Acredita-se que originalmente elas tinham apenas a função decorativa, e só mais tarde foram associadas às orações.
Atualmente, nas festas de Ano Novo, casamento, nascimento e em comemorações festivas em geral, a figura do Grou está presente nos enfeites ou nas embalagens de presentes, simbolizando saúde e fortuna. Costuma-se dizer que esta ave é o símbolo da longevidade. Quando uma pessoa se encontra hospitalizada, oferece-se mil dobraduras de Grou para que ela se restabeleça o quanto antes. Ao dobrar cada figura, a pessoa deposita nela toda a fé e esperança na recuperação do doente.
Nos monumentos a Paz em Hiroshima, onde caiu a bomba atômica há vários conjuntos de mil Grous, vindos de todas as partes do Japão. São feitos por alunos de escolas, associações, enfim por um grupo de pessoas que se uniram para pedir uma coisa: Paz.
Para a confecção destas mil aves é preciso união, esforço e fé de muitas pessoas formando-se assim uma corrente de pensamento positivo.

(Extraído do livro "ORIGAMI" de Mari Kanegae e Paulo Imamura)

A História de Sadako

Depois da destruição de Hiroshima em 1945, muitas doenças surgiram entre os sobreviventes. Uma das vítimas Sadako Sassaki, com dois anos no dia da explosão, começou a sentir os efeitos da Bomba Atômica aos 12 anos; seu diagnóstico: Leucemia. Quando Sadako estava no hospital, um amigo trouxe-lhe alguns papéis coloridos e dobrou um pássaro (TSURU). Disse que esse pássaro é sagrado no Japão, vive mil anos e tem o poder de conceder desejos. Se uma pessoa dobrar mil Tsurus e fizer seu pedido a cada um deles, seu pedido será atendido. Sadako, começou então a dobrar Tsurus e pedir para sarar, porém sua enfermidade se agravava a cada dia. Sadako então desejou pedir para a Paz Mundial. Sadako dobrou 964 Tsurus até 25/10/1955, quando morreu. Seus amigos dobraram os Tsurus restantes a tempo para seu enterro. Mas eles queriam mais, desejaram pedir pôr todas as crianças que estavam morrendo em conseqüência da explosão da Bomba Atômica. Então formaram um clube e começaram a pedir dinheiro para um monumento.
Estudantes de mais de 3.000 escolas no Japão e de 9 outros países contribuíram, e em 5 de maio de 1958, o Monumento da Paz das Crianças foi inaugurado no parque da Paz de Hiroshima. Todos os anos no Dia da Paz (06/08) pessoas do mundo inteiro enviam Tsurus de papel para o Parque. As crianças desejam espalhar ao mundo a mensagem esculpida à base do monumento de Sadako: Este é nosso Grito
Esta é nossa oração:
Paz no mundo